O uso da máscara no controlo da propagação do SARS-COV2

O uso da máscara no controlo da propagação do SARS-COV2

No decorrer destes largos meses em que o vírus SARS-COV2 assumiu parte do controlo das nossas vidas, uso máscara como medida de protecção individual e de contenção da propagação do vírus começou apenas por ser uma recomendação e actualmente é obrigatório em muitas situações incluindo no acesso e circulação em espaços e vias públicas.

Depois de muitas tergiversações, a DGS acabou por atribuir ao uso da máscara um papel relevante no conjunto de medidas de prevenção e contenção da COVID-19.
Um dos argumentos usados inicialmente a desfavor da máscara era o da falsa sensação de segurança que o uso da mesma podia transmitir.

A verdade é que, para além das comprovadas vantagens como meio de protecção individual e de controlo de transmissão da doença, a “falsa sensação de segurança” pode acontecer sobretudo devido a dois factores:
– Qualquer máscara, independentemente do seu tipo, tem uma eficácia de retenção do agente infeccioso inferior a 100%;
– Para garantir a eficácia máxima proporcionada pela máscara, é necessário que seja usada correctamente e de acordo com as instruções do fabricante, o que não acontece frequentemente.

Por tal razão é importante não esquecer as outras medidas de prevenção, nomeadamente a etiqueta respiratória, a higiene das mãos e a distância de segurança.
Mas acima de tudo, tomar os cuidados de acordo com a situação e atender aos factores de risco presentes: o local (fechado, ar livre), as suas condições (ventilado/não ventilado), o número de pessoas presentes, o tempo de contacto entre as pessoas.

Um estudo da Universidade de Oxford e publicado no British Medical Journal, a propósito da distância de segurança, estabelece uma relação entre aqueles factores quanto ao risco de contágio por SARS-CoV2.
É feita uma análise qualitativa do risco de transmissão de SARS-CoV-2 por pessoas assintomáticas em diferentes ambientes.
Os níveis de risco são indicativos e não representam uma medida quantitativa.

É evidente que com o uso de máscara o risco de transmissão é menor, mas persiste quando em espaços fechados e/ou pouco ventilados e, sobretudo, quando o contacto é prolongado e há pessoas a cantar ou a gritar.

Não esquecer que a eficácia da máscara não é de 100%, o que implica que o seu uso não elimina por completo o risco da inalação ou de libertação de gotículas/aerossóis para o ar circundante, como se pode ver pela figura seguinte (fonte: AIP – American Institute of Phisics).

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